Não tente me encontrar em minhas palavras, busque você.
Não tente me descobrir em minhas metáforas ouça o que vibra em você.
Não tente entender minha poesia. Essa é a minha droga, a minha utopia. Essa é a minha toca, a minha abadia a minha morte, a minha alegria. Esse é o meu delírio.
Não me reduza a uma sopa de letras não me traduza.
Não me seduza.
Não me encomende desculpas.
Não me comente.
Não se contente.
Não critique meus pontos entenda que são apenas contos.
Não simplifique os entornos olhe pra dentro.
Não classifique os pronomes.
Não troque os nomes.
Não adjudique os sentidos.
Não esclareça os perigos.
Quando me ler, ouça você.
Se não fizer sentido aceite minhas desculpas pelo tempo perdido.
Minha poesia transcende a mim. Minha loucura espalha o carmim.
Minha caneta tem vida própria.
Meu silêncio entorna, derrama, exclama.
Meu desespero não é meu é apenas a reverberação da tua alma.
Meus textos não deviam ser levados a sério saem porque latejam escorrem rápido sem tempo de censura sem lógica e sem mesura sem ética, sem tortura como um desejo quase um lampejo um alívio um gozo. Saem porque tem que ser, saem porque são pesados pra ficar no ar, tocam quem têm que tocar.
Não me confunda com o que lê. Apenas leia.
Não interprete, sinta.
Não me pergunte, intua nao me responda.
Faço porque gosto pelo simples prazer de acabar pelo simples voar pelo simples voltar pelas distâncias que percorro pra chorar pelas nuanças das frases, pela alegria, pela covardia.
"O Poeta é um fingidor" o leitor é um caçador o poeta mente o leitor sente o poeta seduzir, o leitor consente o poeta exagera, aumenta o leitor pondera, acrescenta o poeta é falso, se corrompe o leitor é livre o leitor é um voyeur vibra, ama, chora, grita, despreza, toca, sufoca... lê... caminha... em uma única direção... a de si mesmo.
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Meus olhos pesam como trinta elefantes..
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