Quando as palavras fogem, levam consigo uma parte de minha inquietação.
Começo uma busca incessante, fecho olhos, mas apenas letras desconexas aparecem. Não é falta de motivo para usá-las, é justamente o contrário.
Sobrecarrego a matéria-prima concretizante de minhas idéias e recebo em troca estímulos vazios e uma calma, que algumas vezes, chega a ser irritante.
Nessas horas, imagino a enorme bagunça que deve estar minha cabeça.
Palavras de cabeça para baixo, acentos sem donos, vírgulas sendo confundidas com ponto final.
E nesse ambiente inconstante, como a reação de uma ação, sou levado a ficar parado, calado, literalmente, sem pensar em nada de concreto.
Passado a saturação de palavras, a desordem, o trabalho árduo dos meus organizadores mentais, chega a lista das idéias. Uma lista simples, sem organização por ordem alfabética ou diária.
Dias confusos, angustiantes, no entanto, calmos.
É o total oposto dos dias sem compromisso, da repentina vontade ousada de escrever qualquer coisas em qualquer lugar, das idéias desvairadas que se transformam logo em longos textos, da desesperada vontade de ter os olhos do mundo sobre o meu papel escrito.
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o.O
1 comentários:
gostei muito do que você escreveu ^^ se você puder da uma olhada no meu blog http://naoenenhumcontodefadas.blogspot.com/
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