Ela chega devagar, sem mandar recado. Basta saber que você tem coisa pra fazer, estudar, ela chega, toma de conta e te leva pro caminho mais confortável que achar, ou então, se aconchega onde estiver.
O despertador toca, sua mãe grita e ao tentar olhar pro relógio, a senvergonha não deixa você abrir o olho e levantar a cabeça, até parece que é colado.
Nisso, você perde a hora, acorda desesperado, arrependido, ou então, se a sua estiver num estágio mais avançado, você se conforma logo e deixa ela ganhar todas as lutas.
Em algumas pessoas, ela é organizada e programada. Antes de ir pra faculdade, a danada te faz olhar o horário das aulas e já escolhe as aulas que vai atuar.
E num é que ela cumpre direitinho?
Ela automatiza seu juízo e na hora que aquele professor entra, ela te desliga.
E caso você leve um grito, seja ameaçado de sair de sala, ela continua ali, teimosa, insistente. Não tem água, susto nem caminhada que resolva. Só sossega, quando alcança seu objetivo, que é te fazer sonhar alguns minutos ou horas.
A coisa ruim é tão maligna que se você arranjar um horário vago, sem nada pra fazer ou um dia entediante, ela fica contigo só um tempinho e logo te abandona.
Com isso, o tédio aumenta e você tem vontade de sair correndo. E cadê a nossa amiga? Nessa hora ela não te fornece atenção, companhia.
Falsa!
E nós ainda cedemos aos seus desejos! Perdemos aulas, chegamos atrasados, assanhados, esquecemos nossos livros, a caneta no dia de prova. No entanto, quando atendemos aos seus pedidos, nos sentimos felizes, calmos e queremos que o mundo acabe, porque naquela hora você está bem, enrrolado, com o ventilador ligado. Bendita preguiça, sua contradição um dia vai me deixar louco!
0 comentários:
Postar um comentário