Ter ambição é
algo quase inato.
As crianças
querem ter mais brinquedos, querem comer mais chocolate, querem mais desenhos
animados na TV, querem mais refrigerantes e querem mais dinheiro para gastar no
shopping.
As crianças
crescem e passam a querer mais roupas novas, mais namorados, mais sexo e beijo
na boca. Querem chegar mais tarde em casa, querem ter menos preocupações e
querem mais dinheiro para sair. As crianças crescem mais ainda e passam a
querer um carro mais novo, uma casa maior, uma esposa menos ciumenta e um
salário maior. As crianças envelhecem e passam a querer mais saúde, uma
aposentadoria maior, mais netos e nenhuma preocupação.
Uma solução para
tanto querer é o dinheiro. Com ele se compra brinquedos, roupas, carros, saúde
e até gente, gente que em determinados casos, já se paga por hora, na maioria
das vezes, se me entende.
Os laços
afetivos entre as pessoas estão se afrouxando porque não se tem ambição por
pessoas mais carinhosas, mais alegres, mais simpáticas, mais sinceras, mais
amorosas. Não se tem a ambição de ser mais compreensível, mais gentil, mais
flexível, mais delicado. ( BEM
ESTE AUTOR NÃO É NADA DISTO )
Se fosse para
colocar aqui o oposto de dinheiro diria que é a delicadeza.
Com delicadeza,
é possível se brincar com os brinquedos dos amigos, marcar um cinema em casa
com muita pipoca e refrigerante, ter uma noite de amor inesquecível e dizer
para a sua paquera que prefere carros mais baratos.
Se falar com
delicadeza, ela vai amar todos os seus projetos de carros, é meu amigo.
Quando se é
delicado, uma ligação no meio da noite é mais valiosa que um presente. Um beijo
quando dado delicadamente fica na memória por muito tempo.
Usar palavras
delicadas para confortar um amigo em uma hora difícil é mais confortante, e
barato, do que um consultório de psicologia. Embora tenha casos que precisa-se
de amigos, psicólogos, psiquiatras, macumbeiros, entre outros.
O chamado
homem moderno precisa de mais pessoas delicadas. Precisa perder o medo de ser
ridículo.
O ridículo é
sincero e exige coragem. Precisa parar de dar sorrisos com cara de quem chorou
antes da tristeza.
Precisa saber
que o tempo de vida é incerto e a qualquer momento a vida vai embora e não há
delicadeza que impeça a fuga, o adeus ou a morte.
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