Tenho
um monte de palavras e rimas, mas me falta o ritmo do caminhar poético.
Tenho
inúmeros sentimentos guardados no peito, tatuados na alma, mas me falta o
desvelar da sensibilidade que envolve o momento.
Tenho
olhos, almas e sentimentos de poeta.
Falta-me
apenas a poesia, que passa sutilmente madrugada à dentro.
Anjo
que corre a noite, estrela que cruza o céu, Lua coberta por nuvens. Chuva que
rompe o silêncio, molha os ninhos, faz fechar as cortinas e abrir as janelas da
alma. Descobri que desejo ser poeta não por escrever versos, recitar Camões,
Drummond e Pessoa.
Antes
só quero ser poesia, suprir a dor e agonia de tê-la por perto sem sequer
conseguir desvendá-la.
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