Eu andei pensando bastante no que a gente pode criar.
Eu já tenho meu universo de livros sobre o espaço, com
abraços irregulares e desjeitosos, mas fortes.
Eu tenho meu mundinho pequeno e confortável repleto de frases
guardadas, que eu ainda pretendo usar. Eu tenho meu lugar dentro da minha
cabeça com poesias relativas. Eu tenho as letras das músicas mais lindas
guardadas na minha memória que eu quero compartilhar com você.
Eu tenho meus livros preferidos e minhas opiniões sem jeito
sobre eles. E eu quero que você escute todas as palavras que eu tenho a dizer.
Eu tenho minhas coisinhas guardadas no fundo do baú e quero
que você leia meus planos mirabolantes de geógrafo para conquistar a Terra e a Lua.
Eu quero conquistar a lua com meu parceiro herói igual nas histórias de
crianças.
Mas há tantas luas por aí…
Qual seria a lua certa pra gente?
Eu quero abrir minhas opiniões e quero discutir com você
sobre elas. O universo é tão grande pra gente, mas o nosso universo é tão
nosso.
Eu quero recitar poemas nos teus ouvidos e te contar segredos
sobre o fim de tudo. Eu andei pensando em te escrever poemas e guardar em uma
caixinha, pra te contar que há tantos lugares pra gente conhecer, porque o
nosso infinito é tão diversificado.
Eu ando querendo te dizer as frases que tanto guardo há tanto
tempo. Eu andei pensando bastante no que a gente pode criar.
Eu já tenho meu universo, você sabe, mas ele se tornaria tão
mais infinito juntando com o seu. E o nosso universo criaria um mundo, em que
nós somos os únicos habitantes em meio há tanto céu, e nuvens e poemas.
Vem, entra no guarda roupa encantado que eu escondo na parede
do quarto, e me mostra que a gente pode criar um “nós” tão especial quanto o
sol.
E que a chuva do nosso mundo, seja de chocolate. E que se
houver tempestades, logo depois virá a noite fresca trazendo o vento que bate
em nosso rosto. E se um de nós gritarmos, que seja recitando um poema de
Fernando Pessoa, ou então, citando aquela música que diz que o mundo é nosso.
Mas qual mundo, meu bem?
Você sabe, aquele que a gente criou em meio a outro que eu
nem sei mais viver. Aquele que eu guardei pra quando a gente descobrir que os
problemas não valem a pena, que as palavras guardadas formam um nó na gente,
que o nosso sorriso será a nossa melhor arma e que a gente tem que chorar sim.
Só que de tanto rir.
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