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    ''O direito a ser iguais, quando a diferença nos inferioriza; o direito a ser diferentes, quando a igualdade nos descaracteriza''.

Informação geral.


Depois de algum tempo tendo problemas com o blog, hoje dia 17 de Setempro de 2013 eu consegui arrumar o lealt e o template. Estarei postando alguns textos que já tenho pronto. E para deixar bem claro, todos os textos que aqui são postados são registrados por data e hora de postagem pelo blogspot que faz parte do google.com. Os textos que não são de minha autoria terão o nome do autor em baixo do texto em questão. Já os que não têm nome por logica devera ser os meus. Espero que gostem do blog, e agradeço se puderem comentar as postagens.

Grato: Welder Campos Rodrigues.

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Uma vida de amor, para que nunca se esqueça que o amor verdadeiro existe.



Eu queria ser poeta. Mais sou apenas um contador de historias.



Em meados dos anos 50, em uma cidadezinha pequena, em algum lugar do Brasil, onde os detalhes não importavam e as pequenas coisas prevalecem sempre. Encontrava-se Antônio, mais um trabalhador árduo, desde jovem sempre trabalhou na roça, em condições humildes.
Ele nunca se importou com as coisas de maior valor, assim como muitos que vem de cidade pequena. A família nunca se importou com ele.
Não sabia ao certo o que significava família, nem de longe.
E Judith, uma jovem da cidade, que assim como Antônio, trabalhava desde cedo. E que vivia por conta própria.
Todos nós estamos cansados de ouvir essas histórias de nossos pais ou avós. De como antigamente trabalhavam desde pequenos e tinham que ter independência.
Não era diferente com eles.
E inevitavelmente, eles se conheceram.
Antônio encontrou a parte que lhe faltava em Judith. E Judith encontrou a paz que lhe faltava em Antônio.
Essas coisas de sempre. Vem à amizade, a paixão e o amor. Ambos não sabiam o que era ter alguém ao seu lado, não sabiam o que era ter alguém para contar, para conversar, para cuidar. E foi exatamente por isso que eles se deram tão bem.
Trabalhavam cada vez mais, e também se apaixonavam cada vez mais.
Antônio fazia questão de todos os dias, levar uma rosa que roubava de um dos vizinhos da região para ela. Era algo errado, pelos motivos certos.
Em certo dia, ele comprou um radio, e eles passavam as noites ouvindo musicas do Elvis Presley, cantando e dançando.
Judith nunca se importou que ele não soubesse dançar. E Antônio nunca se importou que ela não soubesse cantar. Mas eram as noites mais felizes e bonitas de ambos. Em uma dessas noites, Antônio havia esperado Judith, como fazia todos os dias, e lhe disse que tinha uma surpresa.
Levou até um dos lagos da cidade, entregou a rosa do dia, mas com uma diferença, um bilhetinho pequeno, escrito com a sua letra, um garrancho, melhor dizendo. E nele estava escrito “ Sei que não sou um cara charmoso, rico ou maravilhoso, mas deixa eu te mostrar que posso te fazer feliz? Eu não vou precisar de nada disso para fazer isso. Foge comigo e vamos construir a nossa família? Deixa eu te cuidar? Se você quiser, se meu amor bastar.”
Judith, sem palavras, olha fixamente para frente, quando vê Antônio dizer.
- Aceita casar comigo?  
Ela, quase que imediatamente, responde.
- Eu aceito.
Algumas semanas depois, estavam os dois, juntando suas malas, e o pouco de dinheiro que tinham, foram embora para a cidade grande.
Eles mal sabiam por onde começar. Foram para a igreja, e mesmo que sem familiares, trataram de logo casar.
Assim que o padre terminou a pequena cerimônia, ele chegou à parte. 
- Judith, você aceita Antônio em casamento, prometendo amá-lo, respeitá-lo e ser fiel, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias de sua vida, até que a morte os separe?
- Eu aceito.
Repetiu o processo com Antônio, terminando com ele respondendo.
- Eu aceito.
E o padre terminou dizendo.
- Eu vos declaro, marido e mulher, pode beijar a noiva.
Antônio beija Judith intensamente, ela olha para ele e diz.  
- Até que a morte nos separe Antônio. Eu te amo.
E Antônio, sem pensar duas vezes, diz.  
- Até que a morte nos separe Judith. Eu também te amo.
Aos poucos, eles foram se acertando, passaram por grandes dificuldades, é verdade. Mas o amor forte e intenso que sentiam um pelo o outro, parecia superar qualquer barreira e dificuldade que fosse. Logo Antônio conseguiu um bom emprego, trabalhando em uma fábrica famosa de carros, e em pouco tempo, já estava comprando um terreno e construindo a casa que tanto sonhara ter com Judith.
Assim que terminaram a construção da casa, vinha o primeiro bebê. Eles nunca tinham ficado tão felizes.
Ele cuidava melhor do que nunca de Judith e do bebê, comprava tudo que ela tivesse vontade, e se dedicava cada vez mais no trabalho. Com o nascimento e a alegria que o bebê trouxe, eles olharam para si mesmos, e descobriram, finalmente, o que era realmente uma família.
Um encontrou no outro a resposta para o que ambos haviam buscado. Família era ter os seus sonhos, medos, desesperos e dificuldades compartilhados e acima de tudo, ter um ao outro. Mesmo que tudo lhes faltassem, o importante eram eles se completarem.
Dois anos depois, o segundo filho chegou. E dois anos mais tarde, o terceiro.
Eles eram uma família humilde, porém de um caráter admirável. Criaram os filhos de uma forma justa e correta. Embora tivessem passado por coisas difíceis, os filhos cresciam felizes e sempre sorrindo.
Cada filho foi crescendo, se tornando homem ou mulher, e aos poucos, foram atrás de fazer o próprio futuro.
Antônio e Judith haviam criados filhos maravilhosos e se orgulhavam todos os dias por isso. Eles também, de certa forma, criaram os netos que viriam a seguir.
Porque muitos passavam mais tempo na casa dos avós do que em suas próprias casas. O que era natural, vendo que os dois tinham jeito para isso.
Antônio sempre soube que Judith era o amor de sua vida e era algo encantador de se ver. Mas assim como o tempo passa, a velhice chega.
E é claro, com ela vêm os problemas de saúde. Judith sentiu isso na pele. Vítima de um AVC, mais conhecido como derrame, que normalmente, deixa sequelas em quem as têm.
E não foi diferente com Judith, que havia perdido os movimentos do braço direito e da perna direita. Ela, que sempre ousou de cuidar de sua casa sozinha, lavar as roupas, fazer comida, uma mulher incrivelmente independente. Agora, se via tendo que depender de outras pessoas para arrumar a casa, cozinhar e lavar roupa. Até para andar precisava de ajuda.
Antônio sofreu junto com ela, cada dificuldade e problema que ela passava. Ele chorou junto, cada lágrima que ela derramava. Ele esteve com ela todo o tempo.
Levando-a para a fisioterapia, todas as tardes, mesmo que estivesse cansado para muitas coisas, ele sempre estava disposto para ela no momento em que necessitasse.
E aos poucos, ela foi melhorando, e quem pensa que ela desistiu de cuidar de seus afazeres?
Pouco a pouco, ela foi voltando às rotinas de sua casa, da sua maneira, mas ela limpava, cozinhava e lavava. Usando apenas um dos braços e uma das pernas.
Com alguma ajuda de vez em quando e para algumas coisas. Ela era um exemplo. Que mesmo depois de passar por tempos difíceis, ainda assim, lutava para não perder a capacidade de ser independente, para não se sentir inútil.
E com certeza, isso ela não era, nunca foi. E assim foram nos últimos dez anos.
Antônio levava Judith para a fisioterapia, para o médico ou simplesmente media sua pressão. Ele estava lá. Pronto para socorrer a qualquer momento. E nunca deixaram de estar juntos, nunca deixaram de se amar e se respeitar. Até que um certo dia ela foi hospitalizada, mais uma vez, com um segundo derrame.
E o estado dela foi se tornando cada vez mais grave. Antônio tornou a levar uma rosa para Judith todos os dias em que passara no hospital, assim como fazia quando roubava uma rosa do vizinho, mas dessa vez, ele apenas fazia algo certo por motivos mais certos ainda.
Aos poucos a situação de Judith foi piorando, e em uma das noites em que estava no hospital com Antônio, ela disse que não aguentava mais, mas tinha medo de deixar ele sozinho, porque ela sempre havia se preocupado mais com ele do que consigo mesma. Antônio disse para que não se preocupasse, mas sim, que se fosse chegado a hora dela, apenas vá em paz.
Ele mesmo, não aguentava mais ver a esposa sofrer todos os dias. Ela olhou para ele, apesar do olhar enrugado e mais velho, ainda assim, o mesmo olhar apaixonado de quando se conheceram e disse.
- Eu te amo Antônio, sempre amei e sempre vou amar.
Ele segurou em suas mãos, beijou a sua testa e disse.
- Eu te amo Judith, sempre amei e sempre vou amar. Para todo o sempre.
Minutos depois ela sorriu, e adormeceu. No dia seguinte, chegava à notícia que Judith havia falecido. Junto vinha o velório e o sepultamento.
E enquanto Judith era enterrada, Antônio se aproximou do caixão e disse alto, acreditando que de alguma forma, ela o escutaria.
- Você foi a melhor companheira que eu poderia ter, durante mais de cinquenta anos. Você foi tudo para mim e sempre vai ser. Uma parte de mim está indo embora com você, a melhor parte. Nada do que eu tenha feito por ti, foi o bastante. Eu te amo, Judith. Naquela mesma noite, Antônio estava em sua varanda, em meio a um céu estrelado. Ele se lembrou da frase do dia de seu casamento. “ Até que a morte nos separe.”
E ela havia separado. Pelo menos durante a vida, pelo menos por algum tempo. Mas a mesma morte que um dia os separou, seria quem um dia os faria se reencontrar.
O amor momentâneo viverá por certo tempo, mas o amor verdadeiro viverá para sempre.
Ele tinha certeza que ainda não era o fim.
E quase sem pensar, olhou para o céu, com os olhos cheios de lágrimas, e disse.
- Até que a morte nos reencontre, meu amor.


Dedico para você meu amor esta historia.
Eu te amo e te amare ate que a morte me leve.
WCR & MERN

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Viva o Livre!

Declaro aberto os portões desta Sociedade Alternativa. Sintam-se platéia de um palco cheio de personagens que nem eu sei de onde vieram.
A única coisa que sei é que eles estão dentro de mim e que vão começar a aparecer.

Melhor se acomodar, que a cortina já abriu...

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