Quero a tua pele pra pintar um poema assinado por
mim, no calor que trinca e na cor que não existe na palheta de artista nenhum.
O que mais me arde, o que mais me entope de água em
meus pulmões.
Aceita minha loucura incandescente que explode e me
deixa em fragmentos no teu sistema, no teu poema.
Xinga e maldiz o dia que entrei pela tua boca e
morri no meio da tua garganta como um nó que não te deixa gritar ou chorar.
Quero a pele do teu dorso pra deixar meu poema
arranhado - que arranha minha garganta.
Quero a pele do teu pescoço pra invadir, beijar,
morder, lamber.
Te sinto como um poeta sente o soneto, como um
louco sente o mundo e ama.
Como um calmo vê a alma com urgência.
Quero a pele do teu pulso pra provar da tua vida.
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