Eu te esperarei numa estação rodoviária com um sorriso largo nos lábios e uma
mochila nas costas. Viajaremos sem rumo, sem destino, sem nenhum endereço em
mãos.
Não
me olhe com essa testa franzida perguntando-se qual é a minha. A minha é a sua.
Você consegue mexer aqui dentro de mim. Teu sorriso consegue me acalmar e sua
voz trazer sensações estranhas a tona.
Você
me tem.
De
todas as formas existentes, você me tem. E eu te preciso, seja aqui ou em
Paris, eu preciso de você.
E
penso sempre em nossos corpos colados, suados, jogados numa cama as 2 horas da
manha. (rsrsrs)
Eu
penso sempre em você.
E,
nossa, em meio a tanto congestionamento e bagunça, você consegue surgir na
minha cabeça como algo belo e bom.
Eu
amo você.
E
é tão bom dizer isso em voz alta, sem negar, sem fazer objeções, sem re-pensar
e dizer que não, que não é amor. É amor sim.
É
amor quando a gente deixa de ser singular e vira plural, não é?
Daria
tudinho por nós. Sinto que você é um agosto embutido nesse meu setembro doido.
Você sente também?
Apesar
de sermos dois carroceis girando em direções contrárias, sinto que em meio a
essas voltas a gente se vê, se olha, se entreolha, se toca com o olhar.
Eu
toco você, te beijo, te abraço, te nino.
Eu
sei, é loucura. Eu sei que esse é um lago onde eu não sei se é fundo, se dá pé
para mim, se vou precisar de boias, de botes, se eu entro ou não.
Eu
sei que preciso atravessar essa ponte quebrada sob esse abismo escuro para te
ter, para sentir que você também sente.
Ah,
como eu queria que você sentisse. Às vezes acho que você também sente essas
borboletas esvoaçando no estomago. Às vezes acho que você se perdeu no meio da
semana em algum lugar do seu quarto e esqueceu a educação e a sensibilidade no
bolso da calça no fundo do seu guarda-roupa.
Eu
entendo que de vez-enquanto a gente é assim, meio sim meio não, mas poxa, eu
sou o inteiro por você, eu sou o certo, o agora, não o talvez nem o quem sabe.
Então
coloca seu ombro nesse esforço e rema comigo. Rema comigo, porque dois é melhor
que um, porque dois faz a viajem mais rápido, por mais que eu queria me perder
no tempo com você. Rema comigo, porque sozinho esse barquinho de papel fica tão
pesado, os remos parecem de chumbo. Rema?
Sou
teu colete se o barco furar. Mas o barco não fura se a gente vai junto. Preciso
de você para essa viagem dar certo. Preciso dos seus sorrisos se a força
faltar.
Preciso
saber que não estou só nessa parada, que você está na minha como estou na sua.
Preciso saber de uma vez por todas se você vai estar lá embaixo para me pegar,
porque é assim que te vejo, como um precipício escuro, em que eu não sei
quantos metros há de profundidade, que me atrai de uma maneira absurda, em que
eu estou completamente louco para me jogar.
E
se eu me jogar, você me pega, me segura, me aperta, me beija, me morde?
[8)][:)]
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