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    ''O direito a ser iguais, quando a diferença nos inferioriza; o direito a ser diferentes, quando a igualdade nos descaracteriza''.

Informação geral.


Depois de algum tempo tendo problemas com o blog, hoje dia 17 de Setempro de 2013 eu consegui arrumar o lealt e o template. Estarei postando alguns textos que já tenho pronto. E para deixar bem claro, todos os textos que aqui são postados são registrados por data e hora de postagem pelo blogspot que faz parte do google.com. Os textos que não são de minha autoria terão o nome do autor em baixo do texto em questão. Já os que não têm nome por logica devera ser os meus. Espero que gostem do blog, e agradeço se puderem comentar as postagens.

Grato: Welder Campos Rodrigues.

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Hoje dormi o dia todo.



Hoje em dia está meio na moda dizer coisas tipo: “Nossa como eu odeio dormir”. Imagino que isso venha de uma onda meio falsa de pessoas um pouco excêntricas e supostamente bem sucedidas que pregam o funcionamento do sistema trabalhista, e que gostam de dizer mais coisas vãs e impensadas como: 
“Eu irei dormir só quando eu morrer”.
Imbecis.
Com o perdão do baixo calão, que nem é muito do meu feitio, aliás. Mas é que essa conversa me dá um sono danado. E eu sei que minha mãe deve estar lendo isso com um sorrisinho na boca e um vagabundo escapando pelos seus dentes meio cerrados de raiva. Eu não sou vagabundo, mãe. Eu sou sonolento.
Se isso é vagabundagem, então eu quero que me mostrem onde é que está essa definição no dicionário. E é por isso que eu me entupo de Coca-Cola, com ou sem rato.
Para destruir essa minha natureza hipnótica. Porque eu sei muito bem dos infinitos benefícios que o sono pode fazer à mente humana. O mundo inteiro sabe, mas nos esquecemos. Queremos esquecer. Porque não há mais tempo para dorminhocos. Ninguém gosta de um napeiro.
Mesmo assim, colocando mais ainda em risco a minha já extinta vida social, continuo a manter um mínimo diário de horas de sono, que eu não revelo aqui com medo do bullying mesmo.
Porque são muitas horas.
E horas furiosas.
Seria uma afronta à maioria das pessoas. Por muitas horas enfio-me com fúria de pelejador nos travesseiros e, longe de estar à procura de um simples relaxamento muscular ou de uma espécie de desligamento do cérebro, entro em batalhas oníricas e transes oníricos que me colocam em estados paralelos da consciência.
Eu começo a sonhar dentro de outros sonhos. E consigo ir nessa levada de sonho por cima de sonho até o infinito que, lá dentro dos sonhos, nem é tão infinito assim.
Ele fica meio pequeno. Desse jeito eu vou indo nos sonhos, meio no susto mesmo. E costumo, com muita frequência até, acordar no meio desses sonhos fundidos. Conscientemente. Eu acordo, olho pra mim, que é um eu que acha que está sonhando, e digo “Ei você, por acaso, acha que está dormindo?”, então eu acordo num outro sonho que me diz, através de paredes fantasmagóricas: ”Volta pra lá, porque aqui é um nada”. Então eu fico sem saber se prefiro o nada ou o sonho alucinógeno que eu já sei que vai acabar em merda. E eu sempre prefiro o nada, que é simplesmente aquele estágio de escuridão antes do acordar, sem sonhos, sem vigílias pela metade, sem nada, apenas sono puro, o mais próximo que se chega da morte antes, claro, de morrermos.
É um sono vara curta, só pra gente sentir um gostinho de como será a morte-onça, para nos questionarmos, num breve momento de lucidez no meio da escuridão do nada onírico, para nos questionarmos, molhados de medo: “E agora, uma eternidade só disso, e agora?”, e então cutucar a morte-onça com a vara curta desse seu sono débil e simplesmente acordar.
Aí, no meio do turbilhão, você decide que quer ficar.
Então liga a televisão. Manter-se na vigília, sem necessidade, não entendo tamanha brutalidade. Essa coisa de sermos racionais, não sei, não está me parecendo um bom negócio. Pois bem, eu não posso ficar sem dormir.
Eu tenho um problema e ele se chama, eu acho que vou morrer se não dormir direito.
E por “direito” cada um entenda aí a extensão de horas que lhe for mais conveniente.
Eu tenho a minha. E quando eu não a respeito, o dia fica turvo e enjoado.
Então não tem como. Eu não sou do time que acredita naquela balela que diz que perdemos um terço da vida quando dormimos. Não, eu acho que a gente só ganha com o dormir.
Pois o sono é, no mínimo, um bom treino para a morte. Que é a nossa única certeza na vida. Eu sei que ninguém gosta de lembrar disso, ainda mais antes de dormir, mas assim que é. Então por que perdemos tempo com qualquer outra atividade?
Não deveríamos nos concentrar apenas na única coisa que sabemos e temos certeza de que acontecerá em nossas vidas?
Então por que simplesmente não nos deliciamos com este pequeno e suave treino diário para a morte que é o nosso santo sono de cada dia-noite?
Uma pequena morte como já disseram por aí, um pouco de cada vez, toda noite, todo dia, cada um do seu jeito, mas que se durma, cada vez mais, cada vez mais profundo e furiosamente.
Dormir com fúria.
Droga, isso aqui ficou com cara de manifesto hipnótico e era apenas para ser um delírio com uns floreios poéticos.
Essas coisas.
Agora já foi.
Vou dormir. Boa noite.


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Declaro aberto os portões desta Sociedade Alternativa. Sintam-se platéia de um palco cheio de personagens que nem eu sei de onde vieram.
A única coisa que sei é que eles estão dentro de mim e que vão começar a aparecer.

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