Metade da constelação que cai sobre meu rosto é sua e a outra
metade é do mundo, do mistério e do nunca. Porque eu não deixo de ser calado,
escondido, encolhido e indomável.
Nunca, nem pelas estrelas que explodem em mim ou pelo eclipse
dos meus olhos, e isso se estende em todos os pretéritos e em todos os futuros.
Eu tento guardar no bolso o hoje e deixa-lo lá, amassado, pra
ser molhado e rasgado na máquina de lavar enquanto gira em torno de si levando
na cara todas as verdades. Carrego o hoje na sola dos pés que marca meus
caminhos num desenho desconexo que amanhã, numa chama de esperança e utopia e
ilusão acredito que fará sentido como se pudesse ser enxergado com mais
clareza.
Por hora é pouco, sou pouco.
Por hora é pouco, sou pouco.
O presente é uma taça vazia e suja ainda com cheiro de ontem.
Nostálgica.
E a garganta seca pedindo por mais.
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