Você é o curioso...

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    ''O direito a ser iguais, quando a diferença nos inferioriza; o direito a ser diferentes, quando a igualdade nos descaracteriza''.

Informação geral.


Depois de algum tempo tendo problemas com o blog, hoje dia 17 de Setempro de 2013 eu consegui arrumar o lealt e o template. Estarei postando alguns textos que já tenho pronto. E para deixar bem claro, todos os textos que aqui são postados são registrados por data e hora de postagem pelo blogspot que faz parte do google.com. Os textos que não são de minha autoria terão o nome do autor em baixo do texto em questão. Já os que não têm nome por logica devera ser os meus. Espero que gostem do blog, e agradeço se puderem comentar as postagens.

Grato: Welder Campos Rodrigues.

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Ultimo post do ano de 2013!


Hoje, eu venho ao blog postar um ultimo texto do ano, e agradecer a quem leu os textos que aqui foram postados. Sei que não dediquei muito tempo para o blog este ano mas o Sociedade do Blog Alternativo mora no meu coração.  
E como ultimo post, trago uma oração do fundo do meu coração. E espero que mesmo com tantas coisas mais importantes do que eu, Deus possa me ajudar ou ao menos escutar minhas preces!


Deus, hoje estou triste.
Diversas vezes pensei em parar pra gente conversar, mas olha que irresponsabilidade a minha. Atropelo meu próprio tempo e não consigo cessar para desabar a quem realmente está completamente a fim de me entender.
Estou cansado e talvez lhe dizer isso seja muito egoísmo da minha parte. Imagino quantas orações de corações aflitos você deve arquivar por segundos e sei que o meu não é o caso mais grave aos olhos humanos. Mas aos seus olhos Deus eu imagino que não há primazias.
Você é perfeito e não se atrapalha tanto quanto eu. O Senhor é especialista em dores, lágrimas e tristezas. O maior perito em corações humanos. E hoje, sou só sua criança pedindo colo.
A impressão é de que faço tudo errado e afundado nesse mar de drama tudo passa a não fazer sentido.
Não sei ser o melhor amigo, o melhor filho que meus pais gostariam que eu fosse, talvez nem o melhor aluno da faculdade. Decepciono as pessoas que amo com a maior facilidade do mundo. Hoje estou perdendo meu amor, já perdi as estações do ano, e perco até a hora para ir trabalhar.
Não sei cuidar das flores na primavera, elas sempre murcham. No inverno, não me aqueço o suficiente. Passam os dias e no verão, nem eu mesmo me suporto nesse mormaço. As folhas do outono sempre secam.
Chego em casa afadigado, desabotoo os botões da camisa, respiro e nessa confusão de pensamentos, cogito que não há mais razões para um próximo amanhecer. E todas as novas manhãs você insiste em dizer que vale a pena.
Deus, posso fazer um pedido?
Cuida de mim? Cuida do meu coração também. Não me deixe sorrir por fora e desmoronar por dentro. Compreendo que eu sou desorganizado e desordenado, mas eu preciso tanto de você.
Me deixa desabar no seu colo.
Sei que tenho muito a agradecer, mas hoje só quero que o faça ver que sou uma pessoa digna, que preso o meu caráter e que preso muito o relacionamento que eu tenho. Que é cheio de amor, amizade, carinho e esperança de ter um futuro feliz.

 Amem!



Este texto vai para o verme que irá um dia devorar minhas têmporas, ossos e afins: espero que se delicie. Espero que tire tudo o que puder de mim. Tudo o que eu não consegui tirar de mim mesmo. Cada músculo, cada vértebra.
Espero que neste momento, meu espírito esteja solto, livre. Espero que a tão inalcançável paz esteja pairando pelo meu ser. Espero tantas coisas que, ah! As vezes gostaria de apressar as coisas.
Este texto vai para o verme que devorará todos os meus sonhos não realizados e todos os vexames já acontecidos.
Que vai devorar todo o meu passado, presente e futuro até não sobrar nada.
Como eu fui.

LÉLO



Espero que nossos laços sejam mais fortes do que tudo o que tem tentado desata-los.

Olhos fechados pra te encontrar não estou ao seu lado mas posso sonhar.
Aonde quer que eu vá, levo você no olhar.

Queria que você soubesse, assim, só pra saber, que o seu nome está em todas as minhas orações. 

Há sonhadores e realistas, nesse mundo. O certo seria sonhadores ficarem com sonhadores e realistas ficarem com realistas, mas quase sempre ocorre o contrário. Sonhadores precisam dos realistas para não voarem perto do Sol. E os realistas… Bem, sem os sonhadores, poderiam nunca sair do chão.

É tão bom quando estou com saudades suas e então nos vemos e eu posso matar toda essa saudade num abraço apertado e verdadeiro.
Quando seguro a sua mão, eu me sinto completamente protegido. Quando nossos olhos se encontram, meu coração acelera de uma maneira tão intensa.
Quando conversamos, dividimos nossos segredos e rimos de coisas que só fazem sentido para nós, eu não poderia ficar mais feliz.
Quando você me pega no colo contra a minha vontade e me joga na cama enquanto eu estou rindo e gritando o quanto eu te odeio, não há outro lugar que eu queira estar além dos seus braços.
Ah, é que só você consegue me deixar desse jeito: com a certeza de que tudo vale a pena se estou com você.

Só de pensar em você e em tudo que passamos juntos, fico sorrindo que nem um idiota. Porque a cada dia que passa eu estou mais e mais apaixonado por você, por cada detalhe seu e por tudo que eu sou quando estou ao seu lado.


Amanhã é o dia do meu aniversário.
Peço a Deus que me dê forças para conquistar tudo o que ainda me falta
e que não me deixe faltar amor, paz, saúde e realizações.




Acreditar em Deus é mais importante do que ir a igreja.

Só!



A solidão me pega
me enfraquece
me enlouquece
espanca
engana
me cansa.


Um dia ainda me mata
sem previsão
sem data,
mas por hora
me deixa vivo
perdido
com um nó
prendendo o peito
e só.

Hoje dormi o dia todo.



Hoje em dia está meio na moda dizer coisas tipo: “Nossa como eu odeio dormir”. Imagino que isso venha de uma onda meio falsa de pessoas um pouco excêntricas e supostamente bem sucedidas que pregam o funcionamento do sistema trabalhista, e que gostam de dizer mais coisas vãs e impensadas como: 
“Eu irei dormir só quando eu morrer”.
Imbecis.
Com o perdão do baixo calão, que nem é muito do meu feitio, aliás. Mas é que essa conversa me dá um sono danado. E eu sei que minha mãe deve estar lendo isso com um sorrisinho na boca e um vagabundo escapando pelos seus dentes meio cerrados de raiva. Eu não sou vagabundo, mãe. Eu sou sonolento.
Se isso é vagabundagem, então eu quero que me mostrem onde é que está essa definição no dicionário. E é por isso que eu me entupo de Coca-Cola, com ou sem rato.
Para destruir essa minha natureza hipnótica. Porque eu sei muito bem dos infinitos benefícios que o sono pode fazer à mente humana. O mundo inteiro sabe, mas nos esquecemos. Queremos esquecer. Porque não há mais tempo para dorminhocos. Ninguém gosta de um napeiro.
Mesmo assim, colocando mais ainda em risco a minha já extinta vida social, continuo a manter um mínimo diário de horas de sono, que eu não revelo aqui com medo do bullying mesmo.
Porque são muitas horas.
E horas furiosas.
Seria uma afronta à maioria das pessoas. Por muitas horas enfio-me com fúria de pelejador nos travesseiros e, longe de estar à procura de um simples relaxamento muscular ou de uma espécie de desligamento do cérebro, entro em batalhas oníricas e transes oníricos que me colocam em estados paralelos da consciência.
Eu começo a sonhar dentro de outros sonhos. E consigo ir nessa levada de sonho por cima de sonho até o infinito que, lá dentro dos sonhos, nem é tão infinito assim.
Ele fica meio pequeno. Desse jeito eu vou indo nos sonhos, meio no susto mesmo. E costumo, com muita frequência até, acordar no meio desses sonhos fundidos. Conscientemente. Eu acordo, olho pra mim, que é um eu que acha que está sonhando, e digo “Ei você, por acaso, acha que está dormindo?”, então eu acordo num outro sonho que me diz, através de paredes fantasmagóricas: ”Volta pra lá, porque aqui é um nada”. Então eu fico sem saber se prefiro o nada ou o sonho alucinógeno que eu já sei que vai acabar em merda. E eu sempre prefiro o nada, que é simplesmente aquele estágio de escuridão antes do acordar, sem sonhos, sem vigílias pela metade, sem nada, apenas sono puro, o mais próximo que se chega da morte antes, claro, de morrermos.
É um sono vara curta, só pra gente sentir um gostinho de como será a morte-onça, para nos questionarmos, num breve momento de lucidez no meio da escuridão do nada onírico, para nos questionarmos, molhados de medo: “E agora, uma eternidade só disso, e agora?”, e então cutucar a morte-onça com a vara curta desse seu sono débil e simplesmente acordar.
Aí, no meio do turbilhão, você decide que quer ficar.
Então liga a televisão. Manter-se na vigília, sem necessidade, não entendo tamanha brutalidade. Essa coisa de sermos racionais, não sei, não está me parecendo um bom negócio. Pois bem, eu não posso ficar sem dormir.
Eu tenho um problema e ele se chama, eu acho que vou morrer se não dormir direito.
E por “direito” cada um entenda aí a extensão de horas que lhe for mais conveniente.
Eu tenho a minha. E quando eu não a respeito, o dia fica turvo e enjoado.
Então não tem como. Eu não sou do time que acredita naquela balela que diz que perdemos um terço da vida quando dormimos. Não, eu acho que a gente só ganha com o dormir.
Pois o sono é, no mínimo, um bom treino para a morte. Que é a nossa única certeza na vida. Eu sei que ninguém gosta de lembrar disso, ainda mais antes de dormir, mas assim que é. Então por que perdemos tempo com qualquer outra atividade?
Não deveríamos nos concentrar apenas na única coisa que sabemos e temos certeza de que acontecerá em nossas vidas?
Então por que simplesmente não nos deliciamos com este pequeno e suave treino diário para a morte que é o nosso santo sono de cada dia-noite?
Uma pequena morte como já disseram por aí, um pouco de cada vez, toda noite, todo dia, cada um do seu jeito, mas que se durma, cada vez mais, cada vez mais profundo e furiosamente.
Dormir com fúria.
Droga, isso aqui ficou com cara de manifesto hipnótico e era apenas para ser um delírio com uns floreios poéticos.
Essas coisas.
Agora já foi.
Vou dormir. Boa noite.




Chuva, solidão, lagrimas e a tristeza fazendo companhia. 









Meu setembro doido..



Eu te esperarei numa estação rodoviária com um sorriso largo nos lábios e uma mochila nas costas. Viajaremos sem rumo, sem destino, sem nenhum endereço em mãos.
Não me olhe com essa testa franzida perguntando-se qual é a minha. A minha é a sua. Você consegue mexer aqui dentro de mim. Teu sorriso consegue me acalmar e sua voz trazer sensações estranhas a tona.
Você me tem.
De todas as formas existentes, você me tem. E eu te preciso, seja aqui ou em Paris, eu preciso de você.
E penso sempre em nossos corpos colados, suados, jogados numa cama as 2 horas da manha. (rsrsrs)
Eu penso sempre em você.
E, nossa, em meio a tanto congestionamento e bagunça, você consegue surgir na minha cabeça como algo belo e bom.
Eu amo você.
E é tão bom dizer isso em voz alta, sem negar, sem fazer objeções, sem re-pensar e dizer que não, que não é amor. É amor sim.
É amor quando a gente deixa de ser singular e vira plural, não é?
Daria tudinho por nós. Sinto que você é um agosto embutido nesse meu setembro doido. Você sente também?
Apesar de sermos dois carroceis girando em direções contrárias, sinto que em meio a essas voltas a gente se vê, se olha, se entreolha, se toca com o olhar.
Eu toco você, te beijo, te abraço, te nino.
Eu sei, é loucura. Eu sei que esse é um lago onde eu não sei se é fundo, se dá pé para mim, se vou precisar de boias, de botes, se eu entro ou não.
Eu sei que preciso atravessar essa ponte quebrada sob esse abismo escuro para te ter, para sentir que você também sente.
Ah, como eu queria que você sentisse. Às vezes acho que você também sente essas borboletas esvoaçando no estomago. Às vezes acho que você se perdeu no meio da semana em algum lugar do seu quarto e esqueceu a educação e a sensibilidade no bolso da calça no fundo do seu guarda-roupa.
Eu entendo que de vez-enquanto a gente é assim, meio sim meio não, mas poxa, eu sou o inteiro por você, eu sou o certo, o agora, não o talvez nem o quem sabe.
Então coloca seu ombro nesse esforço e rema comigo. Rema comigo, porque dois é melhor que um, porque dois faz a viajem mais rápido, por mais que eu queria me perder no tempo com você. Rema comigo, porque sozinho esse barquinho de papel fica tão pesado, os remos parecem de chumbo. Rema?
Sou teu colete se o barco furar. Mas o barco não fura se a gente vai junto. Preciso de você para essa viagem dar certo. Preciso dos seus sorrisos se a força faltar.
Preciso saber que não estou só nessa parada, que você está na minha como estou na sua. Preciso saber de uma vez por todas se você vai estar lá embaixo para me pegar, porque é assim que te vejo, como um precipício escuro, em que eu não sei quantos metros há de profundidade, que me atrai de uma maneira absurda, em que eu estou completamente louco para me jogar.

E se eu me jogar, você me pega, me segura, me aperta, me beija, me morde?

[8)][:)]



Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir, tenho muito pra contar,
Dizer que aprendi… E na vida a gente tem que entender, que um nasce pra sofrer enquanto o outro ri.. Mas quem sofre sempre tem que procurar pelo menos vir achar razão para viver… Ver na vida algum motivo pra sonhar, ter um sonho todo azul, azul da cor do mar…

— Tim Maia

Sobre a vida que foi interrompida pelo medo de vivê-la.



Você lembra aquela vitrola antiga que você tinha visto em uma loja de moveis usados que ficava no centro da cidade, e que você me pediu de presente no ultimo natal e aquele disco, com musicas românticas que eu lhe dei dias depois?
Então, eu estava ouvido à faixa 7 dele esses dias aqui sozinho, então veio aquele momento nostálgico, você deve lembrar-se de quando dançávamos abraçados pela madrugada de sábado, amava o momento em que seus olhos iam de encontro aos meus e junto sua boca tocava a minha. Seus lábios eram os mais leves que minha boca já tocou em toda a vida, sua pele macia, sua mão em meu ombro que de tão leve e suave não parecia me tocar o cheiro do perfume doce que exalava de sua roupa meio social, social até de mais para um simples jantar a dois.
Sabe, não sei se algum dia eu vou estar ao seu lado novamente, mas escrevo essa carta de despedida apenas para que saiba que onde quer que eu esteja, vou pensar em você, por favor, não sofra, não tente o mesmo fim que vou ter, vai doer mais em mim do que em você, acredite.
Mas então não se prenda a minha lapide, me esqueça, corra, viva, ame outras pessoas, seja feliz!


Bom, agora quem vos fala é o autor, me deixa explicar este pequeno texto, que ficou meio estranho né?
Eu tenho alguns discos de vinil aqui, ai eu tirei eles para arrumar onde eu guardo eles aqui no meu guarda roupa, ai eu estava arrumando o plástico de um disco dos Beatles que ganhei esta semana, e nele esta escrito um nome e a provável data de compra ou a data que o disco foi dado de presente, eu não sei, pode ser inúmeras coisas. Mas o fato é que vendo este nome escrito e a data, de 1988, me veio na mente esta despedida que você acaba de ler, e que eu espero que tenha gostado.




Só quero um pouco de atenção.



Por favor, não me prometa o mundo, não quero tudo isso, eu preciso apenas de atenção.
Eu quero que note o meu novo corte de cabelo ou os meus fios brancos que quase imperceptivelmente apareceram.
Que diga diariamente o quanto me ama, diga várias vezes e não só com a boca, use os olhos e seu coração, use a sua alma pra me falar do seu amor.
Lembre-me diariamente que sabe e pode me fazer feliz, relembre-me dos nossos primeiros encontros e de como você adorava rir ao telefone. Lembre-me do quanto eu amava seu riso ao telefone. Lembre-me o porque de nossos beijos se completarem e não se esqueça de dizer o quanto quer que isso nunca mude.
Às vezes eu não vou merecer isso, mas tenha paciência e só aumente o tom de voz quando precisar cantar nossa canção pra que eu perceba que ela ainda faz sentido. Quando eu não merecer seu beijo me beije assim mesmo e não diga nada, eu vou saber interpretar seu silêncio e vou querer corrigir meu erro.
Não deixe que outro alguém me dê ombro quando o ombro que me pertence é o seu e não deixe que ninguém seja mais meu amigo que você, não quero ter segredos com outra pessoa, será que você entende isso?
Se não houver mais planos e de alguma forma perder a graça, me diga isso e diga se quer recuperá-la, diga antes que seja tarde e eu farei por ti, ainda mais que o que faço qualquer coisa, um sonho doido, o que quer que seja pra que a mágica não se perca. Esteja atento a mim, mostre-me isso, se mostre aqui.
Estou ligado em tudo que te cerca e a única coisa que pode evitar que isso mude é que você faça o mesmo por mim.
Me ame de volta, com toda a atenção e carinho que também lhe dedico, me ame por inteiro e permita que eu possa te amar também.
Me ame de verdade e convença-me, todos os dias, que não fará sentido algum amar outro alguém.









O fim das coisas.


Na nossa criação, concepção, somos direcionados ou estimulados a pensar que o fim é algo ruim, mas não é assim que a banda toca.
O fim de uma dor é algo bom, o fim de um pesadelo é bom, o fim de um enjoo é bom, o fim de uma dor de cabeça não é bom, é ótimo.
O fim de um ano é mais que bom, é revigorante, pois nos impulsiona que sim, no próximo ano vai ser tudo diferente, mas acaba sendo a mesma mesmice sem impacto nenhum.
O fim de um trabalho é bom, chega de esquentar a cabeça com pesquisas, português correto e todas essas regras básicas impostas.
O fim de um amor pode ser bom também, quando esse amor passa a lhe causar mais dor do que paz, quando esse amor mais faz chorar do que sorrir, quando esse amor mais preocupa, enfurece, entristece do que faz feliz, passa a ser um término bom. Pode não ser saudável, sustentável ou até mesmo fácil de ser superado, mas é bom, não é? Acabou. Foi até a rapa, deu o que tinha que dar, fim.
Está aí o seu final feliz.
O fim de uma agonia é bom, o fim de uma espera é tranquilizante, o fim de uma fila é relaxante, viva, minha vez chegou, finalmente! Quase criei raiz.
O fim de uma música ruim é bom, o fim de uma briga não só é boa, mas é bem-vinda.
O fim de uma ignorância não é só ótimo, mas é um favor, que todos os ignorantes nos deveriam prestar, o silêncio.
O fim de uma vida ruim pode ser bom, partiu pra uma melhor, não é assim que dizem? Qualquer lugar deve ser melhor que essa baderna.
O fim de um assalto pode ser bom, desde que você não seja morto.
O fim de uma amizade ruim é bom, não só bom, é se livrar de peso desnecessário.
O fim de um dia ruim pode ser bom, mas nada garante que o dia seguinte será melhor do que o dia ruim que você acabou de passar.
O fim de um final de semana ruim pode ser bom, desde que você torne o resto da semana valiosa.
O fim de um choro amargo é bom, o fim de uma palavra mal dita é bom, o fim de uma situação constrangedora é bom, o fim de uma conversa pode ser boa, o fim de uma relação pode ser boa, tanto quanto pode ser saudável.
Enfim, fim não é ruim, mas também não é bom. Fim tem seus prós e contras, o fim de uma barra de chocolate é ruim, o fim de um amor recíproco é ruim.
E como tudo tem um fim, este texto vai ter um, o que a mim parece ser um fim ruim. O fim deste texto é você quem escolhe, se será bom ou ruim, o fim é seu.

Fim.

Shiver






Lucy Rose - Shiver



Há de se ter um jeito de ser feliz.


Fico sozinho na tentativa de esvaziar a mente, busco leituras que acalmam e palavras que abraçam o meu silêncio e orientam. Eu faço isso com frequência, como uma forma de preencher os vazios que vão surgindo pelos dias.
Isso basta na maioria da vezes. Em outros casos, uma angústia devoradora toma conta e sai se enlaçando por dentro e dá em choro, um nervoso, uma insônia.
Um choro também silencioso, sem alarme, que deixa a cara vermelha, o nariz inchado e uma respiração ofegante. Mas passa. Há de passar. Vai embora da mesma forma que surge e não deixa lembranças.
E é difícil compartilhar. É difícil pelo fato de não ser fácil fazer alguém acreditar que não se sabe o real, direto e sem dúvidas motivo de tanto desespero contido, tanto ânimo roubado, de tanto choro descontrolado. 
Um abraço apertado, alguém que espere o chore passar e um pacote de lenço. Tenho minha mãe, a amiga que entrega tudo na mão de deus, segura a minha mão e diz amém com tanta certeza, que tal expressão de espiritualidade se transforma num botão de seguir em frente.
Um quarto gelado, um filme bobinho e um sono sem despertador.  Uma praia, uma água e a mente solta no vento vagando até achar um rumo.
Um pouco de paciência, uma respiração lenta e um caderninho pra escrever. 

Há sempre de se ter um jeito. 

Um amor de toda vida!


- Ana, minha rosa...
- O que é que te tira o sono dessa vez, José?
- Não sei, minha querida, já faz alguns dias que ando assim, a encarar o teto sem cor da noite, abrindo e fechando os olhos sem ter porque.
Ana silenciosamente virou-se na direção do marido, levantou a cabeça a fim de enxergar algo em seu rosto com a luz amena que vinha da rua, mas nada pode ver. Deitou-se novamente e ficou a encarar o teto sem cor da noite.
- Ana?
- Não te entendo José... Essas tuas rugas parecem não condizer com o teu coração. Coração jovem, parece que tão pouco sabe da vida.
- Agora eu que não entendo o que dizes meu amor. Eu amo as tuas rugas, nunca reclamei delas uma vez se quer!
- Pare de bobagem, velho querido. Tem tristeza no teu coração, dá pra sentir.
- Ana, como podes me conhecer tão bem assim? Mal eu sei porque essa maldita tristeza afoga meu peito.
- Venha cá, meu amor.
E José foi, esquecendo-se do breu que cobria o quarto e tentava esconder aquelas três ou cinco lágrimas que escorriam, e afogou-se no peito de sua eterna Ana.
A dor do tempo bateu em sua porta, as angústias de um devaneio qualquer lhe atormentou e deixou o homem de rugas nem tão sábias assim perdido em seu próprio sentido.

Ana não sabia muito bem o que aquelas gotas que caiam em seu braço significavam e passou aquela noite sem dormir, escutando o seu velho respirar de forma nervosa, sem saber ao menos o que pensar. Ficou com medo e suas rugas, assim como de seu amado, exalavam também as preocupações tolas daquela noite, daquela vida.

Dedico este texto aos meus avós maternos, Ana Rosa Campos e José Dias Campos.




Me diz ai. Como duvidar que Deus exista?
Mesmo uma pessoa não muito crente como eu, depois de ver o céu assim, eu tenho que reconhecer. Além do nosso planeta ser maravilhoso, a uma força maior no universo, fazendo estas maravilhas da natureza.
E eu tenho certeza que tudo dará certo, hoje e sempre!

Sobre a facetas do amor e da amizade dentro de um relacionamento.



Amor não é só beijo intenso, abraços apertados, sorrisos divididos, mãos dadas na sessão de cinema. Amor não é só um relacionamento sério numa rede social, declarações gritadas para meio mundo, ouvir não é só corações acelerados, mãos tremendo, borboletas no estômago. Amor não é só um sentimento bonito, só momentos felizes, só história de novela das oito.
O amor é tudo isso, mas também é muito mais. Amor é aguentar o mau humor, é secar as lágrimas, é suportar os silêncios agoniantes. Amor é espera, é paciência, é entender o tempo do outro. É ajustar seu relógio para as horas ficarem iguais.
O amor é briga, é ofensa, é o bater a porta e não querer ver nunca mais.
Amor é perdão. É esquecer-se do orgulho, é ser o primeiro a procurar, é aprender a desculpar e a se desculpar.
Amor é suportar defeitos, é conviver com erros, é esquecer-se das falhas. Amor é errar muitas vezes sim.
É querer desistir também, mas é um ficar constante, ainda que de longe. Amor é sonho, é pesadelo, é realidade. É clichê de novela mesmo.
É solidão de bar.
É frio de baixo do cobertor. Amor também é calor. Amor é, ainda que no inferno, achar que se vive no paraíso. Amor é tranquilidade, é reviravolta, é eterna reticência. Amor não se implora, não se pede, não se mede. Se recebe de braços abertos, sem cobranças. É pular de um precipício, é arriscar-se sem medo, é abrir mão de seu sorriso para fazer o outro sorrir.
Amor é incondicional. É idealização, é busca, é encontro, é despedida.
E quem foi que disse que no amor não há razão?
Há razão, mas ela não importa. Amor é emoção, é adrenalina, é imaginação. É pulsação, é desejo, é tesão. Amor é química, é física, é necessidade de estar longe às vezes, e vontade de estar sempre perto.
Amor se reinventa, muda, desarruma sua vida, mas não se acaba. Amor é doença, é cura, é morte, é renascença. Amor não conhece finais, no máximo ponto e vírgula, um convite para uma nova história.
Amor é entregar-se, é perder-se, é achar-se, é amar-se.
Amor é tudo isso. É muito mais. É infinito, ainda que não seja eterno. E dura uma vida inteira, ainda que por meros segundos.

Eu te amo. E Sempre irei esperar por você.

Texto para M.E.R.N.





"Advogados, médicos, bombeiros mecânicos, eles é que ficavam com a grana toda. Os escritores morriam de fome. Os escritores se suicidavam. Os escritores enlouqueciam."


Sendo o bem e o mal totalmente contrários, eles possuem o mesmo eixo, logo o caminho do bem e o do mal é o mesmo, só muda-se o sentido.



Apoio que as pessoas se manifestem publicamente contra a violência urbana, contra os altos impostos que não são revertidos em benefícios sociais, contra a corrupção, contra a injustiça, contra o descaso com o meio ambiente, enfim, contra tudo o que prejudica o desenvolvimento da sociedade e o bem-estar pessoal de cada um. No entanto, tenho dificuldade de entender a mobilização, geralmente furiosa, contra escolhas particulares que não afetam em nada a vida de ninguém, a não ser aos diretamente envolvidos, caso da legalização do casamento gay, que acaba de ser aprovado na Argentina. Se dois homens ou duas mulheres desejam viver amparados por todos os direitos civis que um casal hétero dispõe, em que isso atrapalha a minha vida ou a sua? Estarão eles matando, roubando, praticando algum crime? No caso de poderem adotar crianças, seria mais saudável elas serem criadas em orfanatos do que num lar afetivo? Ou será que se está temendo que a legalização seja um estímulo para os indecisos? Ora, a homossexualidade faz parte da natureza humana, não é um passatempo, um modismo. É um fato: algumas pessoas se sentem atraídas - e se apaixonam - por parceiros do mesmo sexo. Acontece desde que o mundo é mundo. E se por acaso um filho ou neto nosso tiver essa mesma inclinação, é preferível que ele cresça numa sociedade que não o estigmatize. Ou é lenda que queremos o melhor para nossos filhos? No entanto, o que a mim parece lógico, não passa de um pântano para grande parcela da sociedade, principalmente para os católicos praticantes. Entendo e respeito o incômodo que sentem com a situação, que é contrária às diretrizes do Senhor, mas na minha santa inocência, ainda acredito que religião deveria servir apenas para promover o amor e a paz de espírito. Se for para promover a culpa e decretar que quem é diferente deve arder no fogo do inferno, então que conforto é esse que a religião promete? Não quero a vida eterna ao custo de subjugar quem nunca me fez mal. Prefiro vida com prazo delimitado, porém vivida em harmonia. Sei que sou uma desastrada em tocar num assunto que deixa meio mundo alterado. Daqui a cinco minutos minha caixa de e-mails estará lotada de agressões, mas me concedam o direito ao idealismo, que estou tentando transmitir com a maior doçura possível: não há nada que faça com que a homossexualidade desapareça como um passe de mágica, ela é inerente a diversos seres humanos e um dia será aceita sem tanto conflito. Só por cima do seu cadáver? Será por cima do cadáver de todos nós, tenha certeza. Claro que ninguém precisa ser conivente com o que lhe choca, mas é mais produtivo batalhar pela erradicação do que torna nossa vida ruim, do que se sentir ameaçado por um preconceito, que é algo tão abstrato. Pode rir, mas às vezes acho que acredito mais em Deus do que muito cristão.

Feliz aniversario mãe!



Minha mãe, pra mim, é sol mesmo quando chove. É chuva, com direito a cheiro de terra molhada do quintal lá de casa, quando tudo fica árido.
Silêncio capaz de amansar ruídos que eu não sei como fazer para dormir. Voz que me ajuda a acordar as esperanças quando elas ficam com preguiça de levantar. Uma presença que sabe acender o meu ânimo quando o breu se esparrama.
Primavera para o meu olhar, não importa qual seja a minha estação. Um perfume inigualável. Ela e as coisas todas do mundo dela.
Quando chega, traz lembranças minhas que apenas ela reflete e apenas eu consigo ver. Uma espécie de poema que o sentimento lê em voz alta somente para dentro. 
Minha mãe foi a primeira música que tocou no meu rádio. A primeira paisagem. A primeira pessoa que me falou sobre milagres e, sem palavra alguma, me contou sobre Deus.
Uma história de amor. Tanto faz se, às vezes, desconcertado. Tanto faz se, às vezes, atrapalhado pela mistura das coisas que são dela e das coisas que são minhas. Tanto faz se aprendendo a amar junto comigo nesses bancos da escola.
Tem vez que a gente demora para resolver alguns exercícios mais complicados, mas a amizade que nos liga e construímos, página a página, sempre nos orienta na busca das respostas.
Minha mãe é maciez pra minha alma quando a vida se faz áspera e quando não. Um lugar de conforto, onde eu posso ser.
Amor, quando as minhas folhas caem e quando floresço. A mesa sempre posta, até quando sinto fome apenas de lembrar quem sou. Estou convencido de que ninguém me conhece melhor do que ela.
Sente a emoção da vez, antes da minha voz. Sente quando omito alguma coisa, por mais sofisticados que sejam os meus disfarces. Sente a atmosfera da minhas palavras, antes que eu consiga ou resolva dizê-las.
Conhece mais variações de sorrisos, silêncios e olhares meus e suas respectivas mensagens do que suponho mostrar. Ela não me conhece assim porque é versada em psicologia ‘’mãezista’’.
Minha mãe é versada em mim, desde quando eu ainda nem era eu direito. Parece ser especialista em previsões climáticas. Chove, quando não lembro do chapéu e ela diz pra eu não esquecer. Faz um frio absurdo, de repente, quando não levo o casaco e ela diz pra eu levar. Geralmente costuma doer quando alerta que vou me machucar e eu não ligo.
Ah, sim, um bocado de vezes também exagera, erra na medida, lê seu oráculo de cabeça pra baixo e com lente de aumento, seja lá por falha intuitiva ou conveniência de seus receios maternos. Mas a verdade é que mãe parece mesmo ter um olhar diferente. Capaz de ver coisas que quaisquer outros olhos do mundo não sabem enxergar. Nem os nossos. 
Minha mãe cantou para me fazer adormecer. Ensinou-me, com toda a paciência, a rezar para o meu anjo da guarda antes de eu dormir e de levantar da cama. Ensinou-me a respeitar o espaço das pessoas, a ser educado com gente de toda idade, a ser cuidadoso com as plantas e os bichos, a não me apropriar de nada que não me pertencesse, sei que hoje que sou um recém-chegado a vida adulta não faço metade destas coisas, não sei se algum dia serei pai, mas se for, todos estes ensinamentos eu passarei para meus filhos como a minha mãe o fez comigo, com todo amor.
De mãos dadas, seguíamos pelas ruas e seguir de mãos dadas com ela pelas ruas era uma espécie de festa que acontecia toda manhã. Encapava meus cadernos. Perguntava o que havia acontecido na escola quando percebia que eu havia chorado após uma briga, mas não contava para ela. De vez em quando, me surpreendia com meus lanches preferidos enquanto eu assistia "Sessão da Tarde": mingau de maisena com chocolate e bolinhos de chuva. Minha mãe costumava cantarolar, lá na cozinha, enquanto preparava o almoço. Nunca soube se era também por isso que a comida ficava tão gostosa e tinha um cheiro que eu não encontro em nenhum outro lugar.
Costurava até altas horas da noite, fazia tricô, eu ficava por perto, ouvindo música, escrevendo meus versos. No início da adolescência, desconcertada, me falou, do jeito dela, sobre novidades que não sabia como me explicar.
Às vezes é preciso que o mundo dê algumas voltas e a gente amadureça um pouco para ser capaz de leituras mais amorosas sobre um bocado de coisas. Leituras com braços e coração mais abertos. Nos meus tempos cadernos com decalque do Dragon Boll, merendeira com lanche, lá pelos sete anos de idade, no início daquilo que chamavam de “primário”, eu escrevia frases curtas que me pareciam enormes, recém-alfabetizado que era. Vocabulário restrito, para falar sobre a minha mãe, escrevi várias vezes tudo o que eu podia: “Minha mãe é bonita”. Atualmente, tenho muito mais do que sete anos e, ao longo das décadas, aprendi a escrever frases mais elaboradas, mas esta continua sendo perfeita.

Para os meus olhos, as belezas que ela tem são ainda maiores, bem maiores, agora, olhando daqui! Eu te amo, minha mãe meu porto seguro, Ereni Rosa de Campos!

Texto de Ana Jácomo, achei muito lindo este texto e dedico a minha mãe que faz aniversário amanha!


Viva o Livre!

Declaro aberto os portões desta Sociedade Alternativa. Sintam-se platéia de um palco cheio de personagens que nem eu sei de onde vieram.
A única coisa que sei é que eles estão dentro de mim e que vão começar a aparecer.

Melhor se acomodar, que a cortina já abriu...

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Eu queria ser poeta. Mais sou apenas um contador de historias.