Fico sozinho na tentativa de esvaziar a mente,
busco leituras que acalmam e palavras que abraçam o meu silêncio e orientam. Eu
faço isso com frequência, como uma forma de preencher os vazios que vão
surgindo pelos dias.
Isso basta na maioria da vezes. Em outros casos,
uma angústia devoradora toma conta e sai se enlaçando por dentro e dá em choro,
um nervoso, uma insônia.
Um choro também silencioso, sem alarme, que deixa a
cara vermelha, o nariz inchado e uma respiração ofegante. Mas passa. Há de
passar. Vai embora da mesma forma que surge e não deixa lembranças.
E é difícil compartilhar. É difícil pelo fato de
não ser fácil fazer alguém acreditar que não se sabe o real, direto e sem
dúvidas motivo de tanto desespero contido, tanto ânimo roubado, de tanto choro
descontrolado.
Um abraço apertado, alguém que espere o chore
passar e um pacote de lenço. Tenho minha mãe, a amiga que entrega tudo na mão
de deus, segura a minha mão e diz amém com tanta certeza, que tal expressão de
espiritualidade se transforma num botão de seguir em frente.
Um quarto gelado, um filme bobinho e um sono sem
despertador. Uma praia, uma água e a mente solta no vento vagando até
achar um rumo.
Um pouco de paciência, uma respiração lenta e um
caderninho pra escrever.
Há sempre de se ter um jeito.
0 comentários:
Postar um comentário