A maçã não era o fruto proibido.
Proibidos estavam os dois lá de comer a maçã.
Um ato definindo o duradouro adjetivo
de uma coisa.
Meus pais sempre que voltam do
supermercado, quase sempre, trazem um saco cheio de maçãs.
Minha mãe as coloca numa vasilha dentro
da geladeira, já lavadas. A única proibição é a de comer maçã, ou qualquer
fruta, antes de lavar com água. Depois disso, as maçãs estão totalmente
liberadas.
Podem ser comidas ao acordar como parte
natureba do café da manhã, antes do almoço para enganar a fome, depois do
almoço como sobremesa, durante o lanche da tarde para não ficar de barriga
vazia, na janta no meio da salada e de madrugada para não acordar com tanta
fome. Enfim, maçãs podem fazer parte da sua vida. Basta plantar uma macieira
ou, então, comprá-las.
Entre uma banana e uma maçã, prefiro a
banana. Entre um kiwi e uma maça, prefiro o kiwi. Entre uvas e maçãs, prefiro
as uvas. Não gosto muito de maçã, na maioria das vezes. Só em casos
específicos. Hoje, foi um dia específico.
Com fome, abri a geladeira e encontrei
três dentro de um pote. Escolhi a menos madura, peguei doce de leite, uma
colher e me sentei. Todas as mordidas, até o final, eram acompanhadas de doce
de leite. Não me deixo ser levado pela simples presença de maçãs. Só as como,
quando sinto desejado por elas, quando fico ansioso por sentir seu gosto na
minha boca. Quando isso não acontece, passam despercebidas pela minha fome.
Não são tão macias quanto mangas e ainda
fazem barulho quando se mastiga para se comer sem motivo. Não importa o grau de
simplicidade do motivo, o achar a cor de uma maçã bonita já é motivo para
devorá-la!
Maçã não tem cara de suco, nem de sorvete,
nem de mousse, nem de recheio de bolacha.
Maçã ou tem cara de maçã, ou de torta
de maçã ou de maçã do amor, da amizade, do que seja, o importante é estar
caramelisada.
Fim, então a Sociedade do Blog
Alternativo vai começar a ter cara de maçã e ela nem gosta tanto delas.
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